sábado, 5 de fevereiro de 2011

Lanches Saudáveis

Lanches Saudáveis!

Nas grandes cidades, encontramos uma grande dificuldade de seguir uma alimentação saudável.

Comer um prato de comida fica difícil pelas opções e curto tempo entre uma atividade e outra. Mas qual é a melhor opção nesse momento?

Para facilitar a compreensão de alimentação saudável, divide-se os alimentos em grupos. Em cada refeição tem a combinação dos grupos alimentares para respeitar o que o corpo precisa naquela refeição.

Vamos relembrar esses grupos alimentares, explicado detalhadamente no artigo de Alimentação Saudável.

Grupo dos carboidratos: é o grupo dos alimentos responsáveis pela energia rápida. Ex: arroz, batata, mandioca, milho, pão, bisocitos, aveia e granola.

Grupo dos vegetais: importantes devido vitaminas, minerais e fibras, responsáveis por todo o funcionamento do organismo. Cada cor de vegetal trará nutrientes característicos, por isso a alimentação deve ser colorida. Ex: beringela, abóbora, rúcula, pepino, tomate. Precisa-se consumir de 4 a 5 porções (1 porção = 1 pires) desse grupo por dia para prevenção de doenças crônicas e cânceres.

Grupo das frutas: também é importante devido vitaminas, minerais e fibras presentes nesse grupo. É necessário consumir de 3 a 5 porções de frutas fracionadas por dia. Uma porção é igual a uma fruta do tomanho da laranja média ou 1 xícara da fruta picada. Ex: banana, maçã, pêra, abacaxi, melância.

Grupo de leite e derivados: São importantes devido ao cálcio, mineral que faz parte de ossos e dentes. Ex: leite, iogurtes, queijos, danones. Mas encontramos cálcio nos vegetais e grãos também.

Grupo das carnes: é o grupo da carne vermelha, frango, peixe, frios e embutidos. Deve ser consumido moderadamente, mas é importante consumí-los no almoço e jantar.
Grupo dos grãos: importante por ser a proteína vegetal. Tem uma ótima combinação de nutrientes importantíssimo para a saúde. Esse grupo é representado pelos feijões, ervilha, grão de bico, soja. Devem ser consumidos uma vez por dia.

Grupo das gorduras: apesar de serem vistas como vilãs, são importantíssimas para a saúde. O que precisa tomar cuidado é com a quantidade e a qualidade da gordura ingerida. Sempre prefira as gorduras vegetais como azeite, óleo de canola, castanhas, nozes, abacate, linhaça.
Agora que relembramos os grupos alimentares, fica bem mais fácil de montar um lanche saudável que substitua um jantar.

Lembrem-se que em uma alimentação saudável devemos consumir no café da manhã e lanche da tarde um alimento do grupo de leite e derivados, com um carboidrato e uma fruta. E almoço e jantar todos os grupos, com excessão do grupo de leite e derivados. Portanto, em um lanche saudável deve ter um carboidrato, vegetais, frutas, carne, grão (quando possível na forma de patês) e uma gordura boa.

Segue algumas opções, lembrando que cada pessoa tem uma necessidade energética (calorias) diferente. Para saber as quantidades ou mesmo obter uma orientação mais personalizada respeitando o quadro clínico de cada um, deve-se passar em consulta com um profissional Nutricionista para que seja elaborado um plano alimentar mais específico.

Opção 1: pão de forma integral com patê de tofú de azeitona, peito de perú, alface, tomate, azeite e uma fruta de sobremesa.

Opção 2: pão francês integral com filé de frango grelhado, cenoura ralada, pepino, alface americana, azeite com orégano para passar no pão e uma fruta para acompanhar.

Opção 3: pão de 7 grãos com patê de abacate (abacate, limão, azeite e sal), peito de perú defumado, rúcula e tomate.

Opção 4: pão rústico integral com carne desfiada, vinagrete, alface crespa e uma fruta para acompanhar.

Opção 5: pão sirio integral com patê de grão de bico, blanquet de perú, tomate em rodelas bem finas, orégano, azeite e uma fruta de sobremesa.

Vaga nutri PURAS

Vaga de emprego para Nutricionista - Blumenau e região, Alto Vale, Joinville e Chapecó - SC
Olá!!

Estou enviando email para solicitar ajuda para recrutamento de Nutricionistas. Caso conheçam alguém que queira trabalhar na Puras, por favor, indique-nos!!

Temos vaga para a região de Blumenau e arredores (Indaial, Benedito, Pomerode...), Alto Vale -1 vaga, 5 vagas para a região de Joinville e 1 vaga para a região de Chapecó.

No site da Puras, na seção Trabalhe Conosco, pode ser feito o cadastro. (www.puras.com.br)

Precisamos de profissionais com muita, média e pouco ou nenhuma experiência (Trainees).

Uma das vagas é para Joinville para ser gerente de um grande contrato.

Agradeço imensamente se puderem ajudar!!!

Um grande abraço



Adriana M. Jungblut
Gerente Executiva Regional
Puras 11 Santa Catarina
adriana.jungblut@puras.com.br
Fone 047 8832 7415 begin_of_the_skype_highlighting 047 8832 7415 end_of_the_skype_highlighting / 047 3488 9900

Vagas de Emprego

Estou com uma vaga em aberto para a cidade de Lages.
Se vc souber de alguem, favor entrar em contato.
E-mail: operacional.sc@aoponto.com.br
ou (47) 8844-2630

Abção
Karin Vailati
Supervisora Operacional
Refeições Ao Ponto

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Disbiose Intestinal

Interferência de fatores externos na saúde orgânica

O meio no qual o indivíduo vive, a poluição ambiental, o estresse (físico, mental e emocional), o tipo de trabalho exercido por ele, a exposição regular à metais tóxicos (chumbo, mercúrio e cádmio por exemplo), entre outros fatores, precisam ser analisados, pois irão interagir com o organismo e influenciar o seu funcionamento.


CUIDE DA SAÚDE DO SEU INTESTINO!!


O Intestino humano é habitat de aproximadamente 100 trilhões de micrrorganismos.

A microbiota intestinal apresenta um complexo equilíbrio entre os microorganismos que normalmente residem no trato gastrintestinal, que têm um papel muito importante na nutrição, fisiologia e regulação do sistema imune e os microorganismos patogênicos.

Este equilíbrio é conferido pela interação entre:
Bactérias probióticas: basicamente, são aquelas que exercem efeitos benefícios sobre a nossa saúde.
Bactérias comensais: compreendem a maior parte das bactérias, podendo ter ações que promovem o equilíbrio ou o desequilíbrio das funções do TGI.

Bactérias patogênicas: podem causar doenças agudas ou crônicas. Via de regra, estão presentes em pequenas quantidades. Qdo existe a oportunidade (i.e.: meio ambiente adequado), proliferam. Suas toxinas podem lesionar a mucosa intestinal e são absorvidas para a corrente sanguínea, causando distúrbios

Alimente-se de forma adequada evitando assim uma disbiose intestinal(mau funcionamento do intestino) e consequentemente uma má absorção de nutrientes.


Abacate

Abacate:


1. Quando você cortar o abacate e usar apenas uma de suas partes, coloque um pouco de farinha de rosca na superfície da outra parte para ela não escurecer.

2. Para o abacate cortado não escurecer, passe uma camada fina de manteiga na superfície da parte cortada.

3. O creme de abacate não escurece se você colocar dentro da vasilha o próprio caroço do abacate, ou uma colher de aço inoxidável, e guardar na geladeira.

Nutricionista Içara SC: bifidobactérias

Nutricionista Içara SC: bifidobactérias

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Fibras

Qual o impacto da baixa ingestão de fibras na qualidade de vida?


Fibras dietéticas são consideradas alimentos funcionais, pois apresentam benefícios para a manutenção da saúde e prevenção de doenças. Abrangem grande variedade de substâncias com baixa digestibilidade e podem ser classificadas segundo sua solubilidade em água: sendo solúveis e insolúveis. Fibras solúveis incluem pectinas, goma guar, mucilagens e algumas hemiceluloses e entre as fibras insolúveis encontram-se celulose, hemicelulose e ligninas (1).

O consumo de fibras do tipo solúvel, que apresentam maior viscosidade, contribui para a diminuição dos níveis plasmáticos de colesterol e auxilia na normalização dos níveis sangüíneos de glicose e insulina (1,2). As fibras solúveis e insolúveis são fermentadas no intestino grosso, promovem efeito laxativo e são componentes dietéticos importantes que podem ser utilizados no controle de desordens intestinais, como obstipação, prevenção de diverticulose ou diverticulite (2).

Ambas são nutrientes importantes na regulação intestinal. Quando ingeridas em quantidades adequadas são benéficas para estimular a laxação normal, promover uma digestão adequada (pois a refeição é processada mais lentamente e a absorção de nutrientes ocorre num período de tempo maior) e conferir sensação de saciedade. As fibras são poderosas ferramentas na manutenção da função do trato gastrintestinal (2).

O consumo de fibras solúveis também tem sido relacionado com o cálcio. Alguns autores relatam que a oligofrutose e inulina aumentam a captação de cálcio no tecido ósseo resultando em uma melhora da densidade mineral óssea, o que pode ser um potencial fator preventivo da osteoporose. Outros autores demonstraram que ratos alimentados com oligofrutose/inulina absorvem mais cálcio e magnésio do que ratos controles, apesar de um aumento na massa fecal total (3).

O aumento da absorção de cálcio deve-se ao aumento da disponibilidade da transferência do cálcio do intestino delgado para o intestino grosso e o efeito osmótico da inulina e da oligofrutose pela transferência de água no intestino grosso. A melhora da absorção foi associada com a diminuição do pH do íleo, ceco e conteúdo colônico, resultando em aumento da concentração de minerais ionizados, condição esta que favorece a difusão passiva, hipertrofia das paredes do ceco e aumento da concentração de ácidos graxos voláteis, ácidos biliares, cálcio, fósforo, fosfato e em menor extensão o magnésio no conteúdo cecal. Resultados relatados por Levrat (1993) e Ohta (1994) sugerem que o efeito da fermentação no ceco foi importante para a absorção de cálcio (3).

Além disso, dados epidemiológicos têm demonstrado evidências de que o consumo de alimentos com alto teor de fibras pode reduzir o risco de certos tipos de câncer, principalmente, cólon, reto e mama (4,5).

Goodman MT et al. conduziram, entre 1985 e 1993, estudo caso-controle com mulheres de várias etnias no Hawaí (japonesas, caucasianas, nativas do próprio Hawaí, filipinas e chinesas). Os resultados demonstraram que o maior consumo de produtos de origem vegetal era seguido pelo aumento da ingestão de fibras e baixo teor de calorias proveniente de gorduras, e que, ao mesmo tempo, tais fatores se correlacionam com o menor risco de câncer de endométrio (6).

Michels KB et al., em estudo prospectivo de coorte, estudaram 76.947 mulheres e 47.279 homens, no Health Professionals Follow-up Study. Os resultados não indicam importante associação entre a baixa ingestão de fibras e o câncer colorretal, porém revelam que o consumo de fibras pode corroborar com a menor incidência de câncer quando a ingestão está presente juntamente com outros fatores na alimentação e com estilo de vida dos indivíduos (7).

O papel das fibras dietéticas não se restringe apenas à prevenção do câncer: as fibras também atuam no controle do peso corpóreo, dislipidemia, hipertensão, doença cardiovascular, diabetes e melhora da sensibilidade à insulina (8).

A utilização de fibras, principalmente proveniente de frutas, demonstra bons resultados no controle do peso corpóreo. Em resposta aos efeitos intrínsecos, ocorre maior sensação de saciedade e menor consumo de alimentos com alto teor energético entre as refeições. A secreção de hormônios ou peptídeos intestinais como colecistoquinina ou peptídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1) regula o estímulo da secreção pancreática, do esvaziamento gástrico, a homeostase da glicose e, indiretamente, a saciedade (9).


O consumo de fibras solúveis e insolúveis está inversamente associado à resistência à insulina. Isso evidencia que o alto consumo de fibras aumenta a sensibilidade à insulina em indivíduos saudáveis ou portadores de diabetes mellitus (10).

Estudos clínicos e experimentais sugerem que dieta contendo grãos ricos em fibras, frutas e vegetais diminui significativamente a necessidade de medicamento anti-hipertensivo e ajudam a controlar a pressão sangüínea em indivíduos com hipertensão (11).

O efeito protetor das fibras dietéticas sobre a menor incidência de câncer de cólon e reto, dislipidemias, diabetes e doenças coronarianas independe da característica solúvel ou insolúvel das fibras. Além disso, os benefícios da fibra podem ser somados à presença de compostos ativos como minerais, vitaminas, fenóis e fitoestrógenos, ao contribuir com as características saudáveis dos alimentos de origem vegetal (10).

O menor consumo de fibras é sempre substituído com aumento na ingestão de açúcares simples, gorduras saturadas e diminuição no consumo de vitaminas antioxidantes (por exemplo, a vitamina C) e minerais (cálcio). Esses fatores podem promover obesidade, ocorrência de constipação, desconforto intestinal, hemorróidas, hérnia hiatal, doença diverticular, certos tipos de câncer, desequilíbrio no metabolismo dos carboidratos, alterações metabólicas nos níveis de lipoproteínas plasmáticas, diminuição de HDL e aumento de LDL, e maior suscetibilidade a doenças coronarianas. Não existem dúvidas de que a baixa ingestão de fibras traz, ao longo do tempo, conseqüências indesejáveis à saúde. Conhecendo os benefícios e malefícios das fibras, a recomendação do consumo de dietas ricas em fibras ou suplementos de fibras deve fazer parte do planejamento dietético de indivíduos saudáveis assim como em populações de risco com o intuito de prevenir ou minimizar os riscos de diferentes doenças.


Claudia Cristina Alves
Nutricionista. Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP. Pesquisadora do Laboratório de Metabologia e Nutrição em Cirurgia do Laboratório de Fisiologia e Distúrbios Esfincterianos (LIM 35) da Disciplina de Cirurgia do Aparelho Digestivo do Departamento de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Especialista em Nutrição Clínica pelo Centro Universitário São Camilo.

Referências:
1. James SL, Muir JG, Curtis SL, Gibson PR. Dietary fibre: a roughage guide. Intern Med J. 2003;33(7):291-6.

2. Marlett JA, McBurney MI, Slavin JL. American Dietetic Association. Position of the American Dietetic Association: health implications of dietary fiber. J Am Diet Assoc. 2002;102(7):993-1000.

3. Kaur, N., Gupta,A.K. Applications of inulin and oligofructose in health and nutrition.J.Biosci.2002;27(7):703-714

4. Cummings JH, Bingham SA, Heaton KW, Eastwood MA. Fecal weight, colon cancer risk, and dietary intake of nonstarch polysaccharides (dietary fiber). Gastroenterology. 1992;103(6):1783-9.

5. Prentice RL. Future possibilities in the prevention of breast cancer: fat and fiber and breast cancer research. Breast Cancer Res. 2000;2(4):268-76.
6. Goodman MT, Wilkens LR, Hankin JH, Lyu LC, Wu AH, Kolonel LN. Association of soy and fiber consumption with the risk of endometrial cancer. Am J Epidemiol. 1997;146(4):294-306.

7. Michels KB, Fuchs CS, Giovannucci E, Colditz GA, Hunter DJ, Stampfer MJ, Willett WC. Fiber intake and incidence of colorectal cancer among 76,947 women and 47,279 men. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2005 ;14(4):842-9.

8. Galisteo M, Duarte J, Zarzuelo A. Effects of dietary fibers on disturbances clustered in the metabolic syndrome. J Nutr Biochem. 2007 Jul 5; In Press.

9. Pereira MA, Ludwig DS. Dietary fiber and body-weight regulation. Observations and mechanisms. Pediatr Clin North Am. 2001;48(4):969-80.

10. Ylonen K, Saloranta C, Kronberg-Kippila C, Groop L, Aro A, Virtanen SM; Botnia Dietary Study. Associations of dietary fiber with glucose metabolism in nondiabetic relatives of subjects with type 2 diabetes: the Botnia Dietary Study. Diabetes Care. 2003;26(7):1979-85.

11. Burke V, Hodgson JM, Beilin LJ, Giangiulioi N, Rogers P, Puddey IB. Dietary protein and soluble fiber reduce ambulatory blood pressure in treated hypertensives. Hypertension. 2001;38(4):821-6.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

bifidobactérias

Quais os efeitos benéficos causados pelas bifidobactérias?


As bifidobactérias, pertencentes ao gênero Bifidobacterium, são bactérias que fazem parte da microbiota do trato gastrintestinal inferior do ser humano e não apresentam nenhuma patogenicidade. As bifidobactérias mais estudadas e utilizadas como probióticos são das espécies Bifidobacterium bifidum, B. breve, B. lactis e B. longum.

Muitos são os benefícios das bifidobactérias para a saúde humana, durante o aleitamento materno, no fortalecimento do sistema imune, na dermatite atópica, doenças inflamatórias crônicas do intestino, síndrome do intestino curto, vários tipos de diarréia, no metabolismo lipídico e reduzindo as taxas de colesterol.

Crianças amamentadas ao seio apresentam níveis populacionais mais altos destas bactérias, quando comparadas com crianças alimentadas com fórmulas infantis. As bifidobactérias utilizam os oligossacarídeos do leite humano como fonte de energia e instalam-se no tubo digestório do recém-nascido, que se beneficia com a presença delas, que agem contra os microorganismos patogênicos do gênero Clostridium.

As bifidobactérias aumentam várias funções imunes, entre elas a ativação de linfócitos, de macrófago e produção de anticorpos. Estudiosos encontraram aumento na fagocitose de E. coli in vitro após uso de leite fermentado por B. bifidum. Também foi observado que o peptideoglicano da parede de B. thermophilium possui a capacidade de estimular a resposta imune não específica, como por exemplo, potencializando a fagocitose de neutrófilos, aumentando a capacidade de defesa inicial contra infecção. Shu e col. encontrou que camundongos alimentados com leite preparado com B. lactis foram protegidos contra infecções com Salmonella sorovar typhimuruim.

Em crianças com dermatite atópica, a microbiótica intestinal possui um número reduzido de bifidobactérias. Um estudo tratou 27 lactentes com fórmula infantil suplementada com B. lactis e estas apresentaram dermatite atópica leve, pois o probiótico induziu ao controle precoce das informações alérgicas.

Um estudo francês mostrou benefícios da ingestão de leite fermentado contendo B. animalis em pacientes com síndrome do intestino irritável com constipação. Após seis semanas de consumo, os pacientes relataram melhora no desconforto abdominal e aumento na freqüência das evacuações.

Vários estudos comprovam o papel benéfico dos probióticos na prevenção e no tratamento da diarréia, seja associada ao uso de antibióticos, na diarréia infantil (rotavírus), na diarréia do viajante, entre outras.

Alguns estudos apontam que os probióticos podem auxiliar no controle do colesterol, diminuindo os níveis de LDL do plasma indiretamente, uma vez que promovem a desconjugação ou dehidroxilação dos sais biliares. Isso faz com que novos sais biliares sejam produzidos, já que os que foram desconjugados ou dehidroxilados não poderão ser reutilizados pelo organismo. Dessa maneira, ocorre a diminuição da taxa de colesterol sérico, já que estes novos sais biliares são produzidos a partir do colesterol.



Bibliografia (s)

Kunz C, Rudloff S, Baier W, Klein N, Strobel S. Oligosaccharides in human milk: structural functional, and metabolic aspects. Ann Rev Nutr. 2000;20:699-722.

Glück U, Gebbers JO. Ingested probiotics reduce nasal colonization with patogenic bacteria. Am J Clin Nutr. 2003;77:517-20.

Shu Q, Lin H, Rutherfurd KJ, Fenwick SG, Prasad J, Gopal PK, et al. Dietary
Bifidobacterium lactis (HN019) enhances resistance to oral Salmonella typhimurium
infection in mice. Microbiol Immunol. 2000;44:213-222.

Kirjavainen PV, Apostolu E, Arvola T. Characterizing the composition of intestinal microflora as a prospective target in infant allergy disease. Imunn Med Microbiol. 2001;32:1-7.

Isolauri E, Arvola T, Sütas Y. Probiotics in the management of atopic eczema. Clin Exp Allergy. 2000;30:1604-10.

Guyonnet D, Chassany O, Ducrotte P, Picard D et al. Effect of a fermented milk containing Bifidobacterium animalis DN-173 010 on the health-related quality of life and symptoms in irritable bowel syndrome in adults in primary care: a multicentre, randomized, double-blind, controlled trial. Aliment Pharmacol Ther. 2007;26:475-486.

Marteau PR, Vrese M, Cellier CJ, Schrezenme J. Protection from gastrointestinal diseases with the use of probiotics. Am J Clin Nutr. 2003;77:517-20.

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Szajewska H, Mrukowicz JZ. Probiotics in the treatment and prevention of acute infectious diarrhea in infants and children: a systematic review of published randomized, double-blind, placebo-controlled trials. J Pediatric Gastroenterol Nutr. 2001;33:S17-25.

Rosenfeldt V, Michaelsen KF, Jakobsen M, Larsen CN, Moller PL, Pedersen P, et al. Effect of probiotic Lactobacillus strains in young children hospitalized with acute diarrhea. Pediatr Infect Dis J. 2002;21:411-6.

Costa-Ribeiro H, Ribeiro TC, Mattos AP, Valois SS, Neri DA, Almeida P, et al. Limitations of probiotic therapy in acute, severe dehydrating diarrhea. J Pediatric Gastroenterol Nutr. 2003;36:112-5.

Sarker SA, Sultana S, Fuchs GJ, Alam NH, Azim T, Brussow H, et al. Lactobacillus paracasei strain ST11 has no effect on rotavirus but ameliorates the outcome of nonrotavirus diarrhea in children from Bangladesh. Pediatrics. 2005;116:e221-8.

Saavedra JM, Bauman NA, Oung I, Perman JA, Yolken RH. Feeding of Bifidobacterium bifidum and Streptococcus thermophilus to infants in hospital for prevention of diarrhoea and shedding of rotavirus. Lancet. 1994;344:1046-9.

Oberhelman RA, Gilman RH, Sheen P, Taylor DN, Black RE, Cabrera L, et al. A placebo-controlled trial of Lactobacillus GG to prevent diarrhea in undernourished Peruvian children. J Pediatr. 1999;134:15-20.

Sazawal S, Hiremath G, Dhingra U, Malik P, Deb S, Black RE. Efficacy of probiotics in prevention of acute diarrhoea: a meta-analysis of masked, randomised, placebo-controlled trials. Lancet Infect Dis. 2006;6:374-82.

Vanderhoof JA, Whitney DB, Antonson DL, Hanner TL, Lupo JV, Young RJ. Lactobacillus GG in the prevention of antibiotic-associated diarrhea in children. J Pediatr. 1999;135:564-8.

Correa NB, Peret-Filho LA, Penna FJ, Lima FM, Nicoli JR. A randomized formula controlled trial of Bifidobacterium lactis and Streptococcus thermophilus for prevention of antibiotic-associated diarrhea in infants. J Clin Gastroenterol. 2005;39:385-9.

Johnston BC, Supina AL, Vohra S. Probiotics for pediatric antibiotic-associated diarrhea: a meta-analysis of randomized placebo-controlled trials. CMAJ. 2006;175:377-83.

Dieta mediterrânea e azeite de oliva modificam a expressão de genes pró-inflamatórios

Dieta mediterrânea e azeite de oliva modificam a expressão de genes pró-inflamatórios



Pesquisadores espanhois publicaram na revista científica The FASEB Journal um estudo que mostrou a capacidade da dieta mediterrânea em diminuir a atividade de genes inflamatórios quando associada com azeite de oliva virgem.

Pesquisas científicas têm mostrado evidências consistentes sobre a dieta mediterrânea na redução do risco de doença arterial coronariana (DAC). Esta dieta possui alto teor de gordura monoinsaturada, sendo o azeite a sua principal fonte de gordura. Os principais benefícios deste óleo se devem devido à diminuição do risco para DAC, especialmente em melhorar o perfil lipídico, reduzir a oxidação lipídica e do DNA, diminuir resistência à insulina e inflamação.

Este efeitos benéficos atribuídos ao azeite de oliva se devem ao alto teor de ácidos graxos monoinsaturados, além de outros componentes biologicamente ativos, como os polifenois.

Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar se a dieta mediterrânea tradicional (DMT) e os polifenois presentes no azeite de oliva promovem mudanças na expressão de genes relacionados com a aterosclerose.

Trata-se de um estudo clínico, controlado e randomizado, com voluntários saudáveis (n = 90) e idade entre 20 a 50 anos. Todos foram submetidos a três intervenções dietéticas.

Os voluntários foram divididos aleatoriamente em três grupos com 30 participantes em cada um, sendo:

Grupo 1 - Dieta mediterrânea tradicional (DMT) com azeite de oliva virgem (AOV – 328 mg/kg de polifenois), chamado de grupo DMT+AOV.

Grupo 2 - DMT com azeite de oliva virgem lavado (em que foi retirada grande parte dos polifenois do azeite, restando apenas 55 mg/kg), chamado de grupo DMT+AOVL.

Grupo 3 - Grupo controle, com os participantes em dieta habitual.

Todos os participantes receberam as dietas durante três meses e foram coletadas amostras de sangue antes e após a intervenção. A análise da expressão de 48 genes relacionados com a aterosclerose foi realizada nas células mononucleares do sangue periférico (PBMC).

Foram também avaliados parâmetros como perfil lipídico, glicemia e proteínas relacionadas com o desenvolvimento da aterosclerose (IFN-γ [interferon gama] e MCP-1 [proteína quimiotática de monócitos-1]).

O consumo da DMT diminuiu a oxidação plasmática, o estado de inflamação e a expressão de genes relacionados com a inflamação, tais como: IFN-γ (interferon gama), IL7R (receptor de interleucina-7), ARHGAP15 (Rho GTPase-activating protein 15) e ADRB2 (receptor adrenérgico beta 2). Todos esses efeitos foram particularmente observados na dieta com AOV, rica em polifenois. A dieta mediterrânea com azeite de oliva virgem lavado (pouca quantidade de polifenois) não alterou a expressão desses genes em relação ao grupo controle.

Em estudos experimentais, o azeite também tem se mostrado capaz de influenciar as fases da carcinogênese, a composição da membrana celular, vias de transdução de sinais, fatores de transcrição, e genes supressores tumorais.

“Atualmente, existem poucos dados sobre o efeito in vivo da dieta mediterrânea na expressão de genes humanos, particularmente em voluntários saudáveis. Alterações da expressão gênica em células mononucleares do sangue periférico (PBMCs) após o consumo de azeite virgem foram mostrados previamente. No entanto, até o momento não existiam dados sobre os efeitos dos polifenóis no azeite em seres humanos”, comentam os pesquisadores.

“Nossos resultados indicam um papel significativo dos polifenois do azeite na regulação de genes pró-aterogênicos no contexto da dieta mediterrânea. Portanto, os benefícios associados com a dieta mediterrânea e consumo de polifenois do azeite sobre o risco de doenças cardiovasculares pode ser mediada através da nutrigenômica”, concluem.



Referência(s)

Konstantinidou V, Covas MI, Muñoz-Aguayo D, Khymenets O, de la Torre R, Saez G, et al. In vivo nutrigenomic effects of virgin olive oil polyphenols within the frame of the Mediterranean diet: a randomized controlled trial. FASEB J. 2010;24(7):2546-57.

Restrições severas ao emagrecer prejudicam a saúde!

Se você deseja emagrecer, não sabe por onde começar e pretende partir para o "tudo ou nada", espere um pouco e reflita.
Será que vale a pena arriscar a sua saúde para ficar magro rapidamente? Pense bem, será que não é hora de adotar uma alimentação saudável?

O nosso corpo, quando entra em uma alta restrição alimentar, não entende o que está acontecendo. Ele não sabe distinguir se a deficiência energética é porque desejamos ter um corpo mais bonito ou se esperamos ficar mais saudáveis.

Imagine-se no deserto, onde há pouca comida, pouca água. O que acontecerá quando encontrar alimento e bebida? Você sentirá vontade de devorar o mundo e comer tudo que vê pela frente, não é verdade? Nada mais natural, já que o nosso organismo entende que devemos nos preparar para a próxima restrição, armazenando uma parte do que ingerimos, o que dificulta o emagrecimento.

O que isso significa? Que altas restrições alimentares não são boas para você, definitivamente não é alimentação saudável e não irá ajudá-lo a eliminar peso com saúde e muito menos o ajudará no período de manutenção.

Os 10 mandamentos ....Para seguir a REEDUCAÇÃO ALIMENTAR

1 - Não conte a ninguém! Simplesmente faça.

Alguns " amigos " encontram " consolo " no fracasso alheio e inconscientemente torcem contra. Outros poderão perguntar se já alcançou algum resultado e os detalhes da dieta, tornando-a sem querer uma cobrança pra você. Geralmente familiares mais próximos, com a melhor das boas intenções, fazem muita pressão e criam muitas expectativas, estressando quem quer seguir uma dieta.

2 - Ao recusar uma guloseima, simplesmente diga "não, obrigado".

Jamais abra o motivo : "estou de dieta". Em comemorações ou festividades, ao expor este motivo, pessoas ao redor, na melhor das boas intenções, podem aumentar a tentação, insistindo : "ah, só unzinho não faz mal... "ou" só um pedacinho.. ."ou" só hoje, está tão gostoso...". Melhor desculpa: "não gosto muito disso", se insistem : "pra falar a verdade, detesto isso". Ninguém insistirá, nem ficarão com pena de você, nem repararão (e comentarão) a cada semana se você está realmente emagrecendo.

3 - Não se engane.

Muitas pessoas vão até consultórios, compram revistas, livros de dietas, etc e tal, só para darem uma satisfação à alguém ou pensarem que estão fazendo alguma coisa. Na verdade fazem a dieta de vez em quando e vivem arranjando desculpas para continuarem comendo tudo o que gostam, na quantidade que gostam. Ou seja, vivem se enganando. Quando você quer mudar algum hábito ou conseguir alguma coisa, você acha solução para todos os obstáculos e não procura desculpas nem fica colocando empecilhos.

4 - Tempo é uma questão de prioridade. Existem pessoas que têm tempo, aposentados por exemplo, e usam a desculpa esfarrapada "não tenho tempo" colocando uma série de deveres corriqueiros, burocráticos e secundários na frente do objetivo principal. É a questão anterior, estão se enganando. Mas existem pessoas que realmente são muito ocupadas e a dieta tem que ser encaixada numa agenda apertada. Sempre uso o exemplo de Abílio Diniz, presidente do grupo Pão de Açúcar. Pode ser difícil, mas não é impossível. Lembre-se: nenhuma vitória cai na cabeça de ninguém. Todas elas exigem um certo sacrifício seu. Resta saber se vale a pena.

5 - Afaste as tentações.
Não tenha em casa, não coloque na mesa, nem faça para os outros aquilo que você não pode comer. Assim, fica mais fácil Ter força de vontade.

6 - Não desista nunca.
Uma vez por semana, geralmente Domingo, que é um dia atípico, libere a dieta como forma de compensação pelo bom desempenho da semana. Psicologicamente isso é muito bom, pois você sabe que pode comer um pouco do que gosta (neste dia).Não está prisioneiro de um regime. No entanto, ao longo dos 6 dias de dieta pode ser que você tenha uma recaída. Se isso for raro, é normal. Não se martirize, não desista nunca do objetivo. Mesmo que a perda de peso seja lenta não é a perfeição que leva à vitória, e sim a persistência.

7 - Tenha sempre uma atitude positiva. Às vezes, as pessoas acham que estão sofrendo por estarem seguindo uma dieta, e isso não é bom. Na verdade estas pessoas deveriam estar felizes e orgulhosas de si mesmas por conseguirem emagrecer por seu próprio mérito, já que sabemos que isso exige força de vontade, disciplina e coragem.

8 - Não cobiçareis a dieta do próximo.
Ela não serve para todo mundo porquê ninguém é igual. Comece com o pé direito: Vá a um nutricionista, veja seu peso, sua altura, informe seu sexo, sua idade, relate seus horários e toda sua alimentação diária e quando você sente mais fome para que seja feito um cardápio que você consiga seguir, e que possa ser modificado e adaptado às suas circunstâncias. Ressalvo que remédio só deve ser tomado por pessoas doentes e receitados por Médicos, em caso de obesidade severa. Não seja hipocondríaco, pessoas com sobrepeso não necessitam de remédios.

9 - Cuidado com charlatães. Desconfie de produtos milagrosos que são amplamente divulgados na TV ou vendidos em catálogos, geralmente usam artistas para promoção e prometem emagrecimento fácil e rápido. Não existe mágica. Você tem que acabar com a causa do problema, pode ser de forma mais lenta, porém duradoura, sem dependência química ou de produtos. Não existe nenhuma fórmula que possa substituir uma boa alimentação. O produto pode até funcionar, e às vezes funciona mesmo, mas tem efeito paliativo. Quando você pára de tomar, volta a ganhar peso de novo. Você não pode ficar eternamente dependente de uma fórmula, remédio ou produto. A melhor maneira de controlar o peso de forma duradoura e definitiva é através de educação nutricional (+ Atividade física quando necessário).

10 - Beba bastante água no intervalo das refeições.
Algumas vezes a perda de peso na verdade é perda de água (Hipohidratação), o que não é bom para a saúde, além de confundir com perda de gordura, dando falsos resultados de emagrecimento. É por isso que dizem que "água engorda". Absurdo! A água faz parte da nossa composição corporal e não deve ser evitada, e sim bebida diariamente.